O Holocausto dos judeus e o Gueto de Varsóvia

16 de out. de 2009 2 comentários
O Gueto de Varsóvia em 1945

Como sabemos, Hitler acreditava na superioridade da raça Ariana, a raça pura, que só existe na cabeça dos alienados. Essa raça, definia os loiros de olhos claros como a raça pura, (mas veja só, Adolf Hitler era moreno de olhos negros).
Segundo essa teoria, somente a raça ariana deveria existir, ou seja, os inferiore (negros, homossexuais, ciganos, deficientes mentais, eslavos, comunistas e judeus) deveriam ser exterminados, uma idéia absolutamente absurda.
Para os "arianos" os judeus eram o próprio demônio e deveriam ser exterminados, a Alemanha seria o centro do mundo, o a criação perfeita dos "loiros de olhos claros".
Deu-se então a perseguição aos judeus, no começo, sinagogas, lojas e escola judaicas eram apedrejadas, as casas eram queimadas, e pessoas eram espancadas apenas para a diversão da SS (Tropa de Elite Nazista) e da SA(Tropa de Assalto).

O Gueto de Varsóvia

Os nazistas perceberam a necessidade de confinar a população judaica dos países ocupados. Na Polônia, foi criado o Gueto de Varsóvia, o Governador Geral Nazista na Polônia criou o gueto em 16 de outubro de 1940, uma área da cidade que deveria conter 380 000 judeus, uma média de 5 pessoas para cada quarto, que aumentou logo para dez.
No Gueto, os judeus passavam as maiores privações possíveis; ficavam dias sem comer, eram aflingidos por doenças terríveis, como febre tifóide e malária. Dezenas de pessoas morriam de fome todos os dias.

No começo, o gueto era cercado por madeira e arame farpado, logo depois, Heinrich Himmler, comandante da SS, ordenou a construção de um muro de três metros em volta do gueto, de forma que os judeus ficaram sem poder sair para trabalhar, ou conseguir mais alimento do que a ração diária de 200 gramas.

Com a criação dos campos de concentração de Auschwitz e Treblinka, a população do gueto diminui de 380 000 para 70 000 judeus em péssimo estado físico e psicológico.

Relato de Marcel Reich-Ranicki
A população judaica de Varsóvia foi alvo de todo tipo de humilhações e dos maiores abusos praticadas pelo exército alemão. No capítulo “A caça é um prazer”, de sua autobiografia, Marcel Reich-Ranicki dá-nos um relato pessoal dos acontecimentos:

"Ainda Varsóvia acabava de se render; mal tinha chegado a Wehrmacht à cidade, logo começou o grande gáudio dos vencedores, o prazer incomparável dos conquistadores – a caça aos judeus.

Após o rápido, grandioso triunfo, aos soldados alemães, exuberantes e compreensivelmente desejosos de aventura, oferecia-se nas ruas de alguns quarteirões da capital polaca uma vista surpreendente. O que ainda não se tinha sucedido aparecia-lhes agora pela frente a cada passo: Eles viam, completamente surpresos, inúmeros indivíduos orientais, ou de aspecto aparentemente oriental, com longas faixas de cabelo nas têmporas, e com fartas barbas. Exóticas eram também as suas roupas: pretas e sem ornamentos...
Os jovens soldados (alemães) viram pois, pela primeira vez nas suas vidas, judeus ortodoxos. Estes estranhos habitantes de Varsóvia não lhes despertavam nenhuma simpatia, muito mais desdém e talvez repulsa. Mas os soldados podiam agora também gozar de uma satisfação inconsciente. Pois se em casa, em Estugarda, Schweinfurt ou Stralsund eles não conseguiam distinguir visualmente os judeus dos alemães de “raça pura”, os “arianos”, aqui eles podiam finalmente ver aqueles que só conheciam das caricaturas dos jornais alemães, sobretudo o der Stürmer....
Que estes sub-humanos, que sem dúvida deixavam uma impressão mais medrosa do que ameaçadora, pudessem portar armas, era muito improvável. De qualquer forma isso tinha de ser controlado. Diariamente tinham lugar controles, nunca se sabia qual o próximo quarteirão a ser revistado. As armas, as quais os bem-dispostos soldados supostamente procuravam, não apareciam, por muito que eles se esforçassem. Mas eles possuíam outras coisas que os ordeiros homens alemães acolhiam de bom grado: Anéis, carteiras, dinheiro, e por vezes um relógio de ouro.
Mas não se tratava apenas de roubar os judeus. Eles, os inimigos do Império Alemão deveriam também ser punidos e humilhados. Não era difícil de o conseguir. Os soldados notaram em breve que os judeus ortodoxos achavam particularmente humilhante que lhe cortassem as barbas. Com este objectivo, os ocupantes, desejosos de entretenimento, tinham-se munido com tesouras...
Assim era: cada alemão que vestisse um uniforme e tivesse uma arma podia, em Varsóvia, fazer com um judeu o que quisesse. Ele podia obrigá-lo a cantar, a dançar, ou a fazer nas calças, ou a ajoelhar-se perante ele rogando pela sua vida. Ele podia abatê-lo repentinamente ou matá-lo de forma mais lenta. Ele podia ordenar a uma judia que se despisse, que limpasse o passeio com a sua roupa interior e depois que urinasse em frente de toda a gente. Ninguém estragou o divertimento aos alemães que se entregaram a estes passatempos, ninguém os impediu de maltratar e matar os judeus, ninguém os chamou à responsabilidade."

2 comentários:

  • Anônimo disse...

    Idiota, Hitler tinha cabelo castanho escuro e olhos AZUIS. Pense duas vezes antes de querer passar moral de cueca com essa de "alienado".

  • Anônimo disse...

    como se o fato de ele ter olhos azuis mudasse a proporção das atrocidades que ele fez, ou as justificasse '-' sinto em lhe dizer que o único alienado é aquele que defende uma pessoa como Hitler