Entendendo Adolf Hitler - Parte 2

18 de fev. de 2011 0 comentários


Vida na prisão


Após o Putsch de Munique, os soldados nazistas que não foram pre
sos se dispersaram, e os mais influentes, como Adolf Hitler foram presos.
Muitas pessoas pensam que a temporada de Hitler na cadeia foi marcada pelo isolamento e a depressão: enganam-se. Na prisão, Hitler reorganizou o movimento, analisou que as contínuas tentativas de golpe à força bruta fracassariam, e conquistou direitos que outros presos jamais conseguiriam. Diz-se que, quando um novo carcereiro chegava à prisão, Hitler olhava-o com um olhar penetrante, que, segundo alguns, atravessava a alma.

Mein kampf: O Alcorão do Nazismo

Durante sua temporada de férias na prisão, Hitler se dedicou a escrever seu primeiro e único livro: "Mein Kampf", ou "Minha Luta". Neste livro, ele difundia as doutrinas do arianismo nazista, e disseminava com uma voracidade atroz o ódio contra os
ciganos, estrangeiros, negros, eslavos e, principalmente, os judeus; acusados de levar a raça ariana à ruína com a miscigenação das raças, e por isso consequentemente ter causado a derrota da Alemanha na 1ª Guerra. Atualmente, o livro é muito usado por skinheads e outros grupos neonazistas, como a K.K.K..

Ler o Mein Kampf é como ouvir Hitler falar longamente sobre a sua juventude, os primeiros dias do partido nazi, planos futuros para a Alemanha e idéia sobre política e raça. A compilação dos dois volumes recebeu primeiramente o nome de "Viereinhalb Jahre [des Kampfes] gegen Lüge, Dummheit und Feigheit" ("Quatro anos e meio [de luta] contra mentiras, estupidez e covardia"), mas foi alterado para simplesmente "Mein Kampf" antes mesmo de ser publicado.

Reerguendo-se das cinzas

Hitler foi liberto da prisão em 1924, após o tempo em que passou na cadeia, o partido nazista era quase inexistente. Seus membros estavam dispersos e decepcionados com a situação da Alemanha atual. A inflação comia os salários, e os assalariados não comiam! Para se comprar um único pão, era necessário levar um carrinho de mão cheio de dinheiro, pois este já valia 320 milhões de marcos! Pessoas morriam de fome, o desemprego atingia grande parcela da população, e a Alemanha mergulhou numa época de trevas. Até que, novamente, Hitler surgiu das cinzas, para "levar a luz à nação em trevas".

Com discursos inflamados contra os banqueiros, judeus, banqueiros judeus, e quem mais conseguisse culpar pela grave situação do país, Hitler convenceu muitas pessoas de que ele levaria a Alemanha à glória do Antigo Império, desde que se juntassem à ele para reconstruir a "Germânia". Era evidente que seus discursos estavam inflamados de demagogia.
Historiadores afirmam que uma propaganda demagógica, que explorava habilmente essas frustrações e o sentimento anti-semita generalizado da sociedade alemã da época, apresentando os judeus como bode expiatório dos problemas sociais, permitiu aos nazistas implantarem-se na classe média e entre os operários, ao mesmo tempo em que o abandono do programa social inicial lhes trazia o apoio da classe dirigente e dos meios industriais.


CONTINUA...

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Trecho de um discurso de Hitler:

Foi numa hora fatídica, no primeiro de Setembro deste ano, que vos encontrastes aqui como representantes do povo alemão.(…)
Desde então cinco semanas passaram.
O resultado da guerra foi a aniquilação de todos os exércitos polacos, seguida pela dissolução do estado polaco. Seiscentos e noventa e quatro mil prisioneiros de guerra estão em marcha para Berlim.(…)

Como já referi, uma das metas do governo do Reich é a clarificação das relações entre nós e os nossos vizinhos. Permitam que vos chame a atenção para alguns factos que não podem ser refutados pelos escritos mentirosos do jornalismo internacional.




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